23 de set. de 2015

Poemitos


Bom dia meu povo belo e esbelto! Sejam bem vindos a mais um capítulo de...Opa pera, pera, pera, pera! Hoje a postagem é meio diferente do habitual. Eu tenho como hobbie a escrita, e disso vocês já sabem, que por mais que eu pare alguma delas, eu vou continuar escrevendo outras, e etc. Porém, hoje eu resolvi mostrar a vocês alguns poemas que eu escrevo quando eu estou literalmente sem nada pra fazer, ou até mesmo durante as aulas, como atividade, etc. Eu selecionei alguns aqui, e espero do fundo do meu coração own que gay que vocês gostem e vomitem arco-íris ou fiquem em posição fetal depois de acabar agora sim, tava demorando pra sair alguma desgraça da boca dessa menina, porque alguns são meio depressivos e.e' Digamos, apenas digamos, que eu tenho sombras na minha alma -mentira, mas sério, alguns são depressivos, e por isso eu já venho até sendo zoada na escola, porque quando tem a Mostra Poética (Uma seleção de poemas da escola, e ganha prêmio quem participa e quem vence o primeiro e segundo lugar) eu sempre faço poema negativo. Só teve uma vez que eu tive coragem de participar, as outras eu só fiz porque era obrigatório mesmo, teve uma professora que insistiu pra eu levar o meu texto e eu recusei. Enfim, espero que aproveitem.


Aulas
Em uma sala trancada,
me vejo desamparada,
tanta coisa para por em mente,
daquelas que só conhece a gente.
O verbo infinitivo,
um presente do indicativo,
a antera polemizada,
de uma planta recém formada.
Tanta coisa em tão pouco tempo para apresentar,
e tanta coisa ainda para se pensar..

A história de um soldado
Tantos anos de desespero,
Sem ser capaz de se olhar no espelho,
Um último suspiro foi lançado,
E ali no chão úmido caiu desajeitado.
Passou um, dois, talvez até três meses.
Agora, já era capaz de ver seu reflexo.
A sociedade que antes lhe julgava,
Agora lhe aclamava.
O sistema que antes o odiava,
Agora apoiava.
Fora corrompido quase que instantaneamente,
Já não era mais dono de sua própria mente,
Havia virado uma marionete.
Não bastava ser justo,
Tinha de lutar nas guerras,
Derramar sangue muitas vezes inocentes.
Em um delírio,
Um disparo foi ouvido.
O soldado agora não tinha mais vida.
Lágrimas de agonia escorriam pelo rosto daquela gente,
O herói que tanto admiravam,
Agora descansava eternamente.
Rosas se viam presentes na lápide,
E dito em um sussurro de saudade,
"Descanse em paz"


Cinquenta passos para a condenação
Um, dois, três...
Minha mente contava cada passo.
Quatro, cinco, seis...
Sua voz ecoava no espaço.
Sete, oito, nove...
Lembrava de cada uma das suas piadas.
Dez, onde, doze...
Não se preocupe, elas ainda estão guardadas.
Treze, quatorze, quinze...
Eles se aproximam, não me resta tempo.
Dezesseis, dezessete, dezoito...
Me desculpe por não ter lhe dito.
Vinte, vinte e um, vinte e dois...
Ainda quando tinha vida.
Vinte e três, vinte e quatro, vinte e cinco....
Mas essa é a verdade solene.
Vinte e seis, vinte e sete, vinte e oito....
Eu te amo.
Vinte e nove, trinta, trinta e um...
Mas agora não me resta nada.
Trinta e dois, trinta e três, trinta e quatro...
A porta foi aberta.
Trinta e cinco, trinta e seis, quarenta...
Minha condenação já está prevista.
Quarenta e um, quarenta e dois, quarenta e três...
Muito obrigado por todas as experiências vividas.
Quarenta e quatro, quarenta e cinco, quarenta e seis...
Minha despedida é aqui escrita.
Quarenta e sete, quarenta e oito, quarenta e nove...
Espero que entenda.
Cinquenta.
Te espero no paraíso.

A lua me traiu
Um dia contei ao sol meu sonho,
E ele me ofereceu seu sigilo eterno.
Contei o mesmo para a chuva,
Já ela, me guardou segredo.
Disse aos pássaros que por ali voavam,
E esses me aconselharam:
Fique longe da lua, ela não guarda segredos.
Um pouco curiosa, esperei o cair da noite,
E a lua confessei meu sonho,
E essa, me disse que sua boca era um túmulo.
Naquela noite, meu sonho mudou.
Logo ao amanhecer,
Já estava entusiasmada para lhes contar as novidades.
Porém, sobre o sonho de ontem, aconteceu o que eu não esperava:
Todos já estavam cientes das minhas palavras.
Com raiva, fui reclamar a lua,
E ela apenas soltou uma risada.
Os pássaros que antes me aconselharam,
Agora já tinham as costas viradas,
Eu que tanto zelava pela confiança,
Não fui capaz de confiar.

Dias de luta
Nas ruas o terror se fazia presente,
As crianças que antes brincavam alegremente,
Agora eram soterradas furiosamente.
Corpos eram espalhados violentamente,
O último grito distante,
O último disparo agoniante.
Nas ruas onde as luzes eram vistas vivamente,
Agora as trevas reinam impiedosamente.

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